terça-feira, 20 de agosto de 2019

UPA e SUS de Timbaúba são alvos de investigações do Ministério Público Estadual


      Denúncias de mau atendimento na UPA - Unidade de Pronto Atendimento de Timbaúba enviadas a produção do Programa Conversa Franca, da Nova Timbaúba FM, levaram nosso blog a acompanhar a reportagem do programa na coleta de informações para a comprovação dos fatos. Usuários e a direção da UPA, além de funcionários ligados a Secretária Municipal de Saúde foram procurados para falarem sobre o assunto.


      A população reclama principalmente da precariedade no atendimento, da falta de médico e ambulância na UPA. “No último domingo à tarde não tinha sequer um médico no atendimento”, reclamou a dona de casa Maria José da Silva, que estava com problema de respiração e voltou para casa sem ser medicada. Os atendentes não quiseram comentar, mas explicaram que a falta de médico acontece sempre que há uma remoção de paciente. A direção da UPA informou que para qualquer esclarecimento é preciso que seja agendada uma entrevista na Secretaria Municipal de Saúde. 
      Procuramos também informações junto ao Ministério Público, onde ficamos sabendo que sobre esse assunto já foram instaurados e estão em andamento dois inquéritos civis públicos para apurar justamente denúncias de irregularidades nos atendimentos da UPA e também dos PSF's do município, além de possíveis irregularidades no uso dos recursos do Fundo Municipal de Saúde - FMS.


      De acordo com o Promotor de Justiça Dr. João Elias, da 2ª Promotoria de Justiça de Timbaúba, que assumiu a presidência das investigações do caso no início de junho deste ano, realmente aconteceram denúncias de irregularidades no funcionamento dos equipamentos de saúde do município, o que levou ao desencadeamento de investigações por parte do MPPE.  O promotor disse que já foram realizadas diversas diligências para identificar os problemas e apontar soluções, tendo sido acionado diversos órgãos do Estado e da União para realizarem fiscalizações e auditorias em todo sistema de saúde do município.
      “Podemos destacar que, entre os órgãos acionados, requisitamos inspeções e auditorias a Vigilância Sanitária Estadual, ao Conselho Regional de Farmácia e ao Conselho Regional de Medicina,” destacou o promotor, acrescentando que, em razão da existência de recursos federais no funcionamento do sistema, também foram acionados a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União.


      Segundo ele, algumas irregularidades já foram confirmadas, provocando o acionamento do prefeito Ulisses Felinto para adotar as medidas corretivas. Porém algumas auditorias ainda não foram concluídas devido a sua complexidade, estando com previsão de serem finalizadas até janeiro de 2020, principalmente as que vão analisar toda a parte do uso dos recursos.




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