No processo de inspeção do sistema de reserva, captação, tratamento e distribuição de água do município de Timbaúba, que está sendo feito pelo Ministério Público Estadual, através da Promotoria de Justiça local, foi vistoriado nesta quarta-feira (29) o sistema desativado Capibaribe-mirim. O equipamento, segundo informaram os técnicos da Compesa, era composto por uma Barragem, uma Estação Elevatória com conjunto motor-bomba, Tubo de Ferro de 200mm e Rede Elétrica de alta tensão.
Segundo eles, a capacidade de armazenamento da barragem foi aumentada na época do governo municipal de Alfredo Campos, há cerca de 25 anos, porém, com o início do funcionamento do Sistema de Tiúma, o de Capibaribe-mirim foi desativado.
Os representantes da Compesa disseram ao Promotor de Justiça, Dr. João Elias, que esse sistema tinha e mantém ininterrupta, caso seja reativado, a capacidade de atendimento da ETA com mais 100 litros por segundo. Ou seja, o Sistema em funcionamento atual (Tiúma) atende a mesma ETA com 117 litros por minuto.
"Somando os sistemas de Tiúma, Trás dos Montes e Capibaribe-mirim teríamos uma captação de mais de 250 litros por segundo, suficiente para atender tranquilamente toda a população, sem a necessidade de rodízio", disse o gerente local da Compesa, Rinaldo Barbosa.
Foi esclarecido ainda que o acionamento desses três sistemas obrigaria a realização de reforma na ETA, justamente para aumentar sus capacidade de tratamento da ETA, que atualmente é de 150 litros por segundo.
"É perceptível e inegável que temos muita água sendo desperdiçada, enquanto a população sofre com as falhas de abastecimento", declarou o promotor de Justiça. Segundo ele, o manobrista do sistema, Luciano Matias, lhe informou que o solo de Capibaribe-mirim oferece condições de tratamento melhor do que o solo de Tiúma, o que foi repassado ao funcionário por um "químico" da empresa, há uns 10 anos.